Muitos dos
problemas de saúde nas mulheres acima de 50 anos estão associados com o
desequilíbrio hormonal, dentre eles, a menopausa que é caracterizada como o fim
do período fértil na mulher tendo a diminuição na função dos ovários e,
consequentemente, queda nos níveis de estrógeno e progesterona. Neste período,
a mulher pode apresentar alguns sintomas, como: ondas de calor, indisposição, irritabilidade,
depressão, ansiedade e alteração no humor.
O déficit de estrogênio também está
relacionado ao maior risco de doenças cardiovasculares (DCV), osteoporose, bem
como a obesidade central. Entretanto, o surgimento dessas doenças também pode
estar associado a uma má alimentação e sedentarismo, resultado da mudança no
estilo de vida.
Contudo, a
maioria das mulheres na menopausa apresenta uma alteração na composição corporal, em que ocorre uma
diminuição da massa muscular, redução do metabolismo e maior acúmulo de gordura
abdominal, favorecendo a alterações metabólicas, como o aumento nos níveis de
LDL colesterol, colesterol total, triglicérides. Além disso, com os baixos
níveis de estrogênios, a captação e
absorção de cálcio é prejudicada, aumentando o risco de osteoporose.
Para
o alívio dos sintomas da menopausa, a reposição hormonal pode ser uma boa
alternativa, devendo ser avaliada a condição, o histórico e os possíveis riscos
para a saúde de cada mulher.
Além
disso, a terapia nutricional pode beneficiar as mulheres nesse período,
incentivando uma alimentação saudável, com alto consumo de frutas, vegetais e
alimentos integrais, pois as fibras auxiliam no equilíbrio do perfil lipídico.
Também a ingestão controlada de gordura saturada e colesterol é benéfica,
contribuindo para reduzir o risco de DCV. Deve-se estimular o consumo de alimentos
ricos em cálcio, vitamina D, K e magnésio por oferecem proteção a saúde óssea.
Dentre os alimentos, recomenda-se o
consumo de soja, fonte de isoflavonas (fitoestrógenos com estruturas
semelhantes aos hormônios estrogênicos), podendo trazer benefícios a saúde da
mulher, amenizando os “fogachos” da menopausa. A semente de linhaça e o broto
de alfafa também são fontes de isoflavonas.
Além dos cuidados
com a alimentação, é muito importante a prática regular de exercício físico
para o controle de peso, alívio nos sintomas da menopausa e preservação da
massa óssea. O exercício físico resistido (com peso) está associado à menor
perda óssea ao longo da vida e ao aumento da densidade óssea na pós-menopausa.
Os profissionais de
saúde devem encorajar e ajudar as
mulheres a encarar essa fase com mais tranqüilidade, enxergando novas
possibilidades. É importante que a mulher compreenda as mudanças que
acontecerão, os sintomas característcos do período até encontre se o
equilíbrio.
Referências:
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) http://www.anvisa.gov.br/faqdinamica/index.asp?Secao=Usuario&usersecoes=36&userassunto=136
The north american
menopause society (nams) - scientific news http://www.menopause.org/publications/other-resources
KRAUSE, M. ES, Alimentos Nutrição e Dietoterapia, 12ª edição,
2012.
Estudos Clínicos, Soja & Menopausa – Unicamp, 2008 http://www.estudosojamenopausa.com.br/